sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Afago

O nome que duelou de perto com o nome do blog. Pra mim, uma das palavras mais lindas da língua portuguesa.

A música: não é porque é minha, mas acompanha toda a beleza do nome. Versos longos, do interior, assim como o ritmo, que se assemelha ao baião. Ritmo que não é muito acompanhado pelos acordes que deveriam. Acordes românticos aliados a um ritmo despojado. Essa é a música feita no dia 11 de julho de 2008, poucos dias após meu aniversário de 19 anos.

O único detalhe importante dessa canção, realmente importante, é a palavra "aviador", em homenagem ao meu irmão. Disso ele não sabe.

A música foi pra ninguém. Na verdade, foi uma ode ao amor. Qualquer amor. Pro seu, pro meu, pro dela, pro dele.



Afago - Flávia Ellen


Anoiteceu
Siga reto a curva turva, não aluda à voz aguda, vem pra perto, pro lado meu.
Desvaneceu
Aquela boca muda que desejava a prece que mais parece o arfante peito seu.
Do seu palpite, eu no limite, devaneio em C (dó)
Com cuidado opaco, o afeto fraco pode virar pó

Aconchegou
Junto a seu rosto, eu, seu oposto, bem a seu gosto,pra nunca lhe deixar
Alumiou
O meu caminho, fez do meu riso o mais preciso, voto conciso, lhe espero até voltar.
Vai aprender a não me esquecer só com esse nó
Fique à vontade, inteiro e não metade, não me deixe só

Refrão:

Fiz do seu ato,auto-retrato. Do seu auto,o maior fato
Deixo em seu prato timidamente meu olhar mais feliz
Aviador de toda cor, o esplendor de um sonhador
Ocupa, amor, bem envolvente, meu bem que me quis.

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