quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Desejo

Eu desejo que você tenha tudo que almeja.

Desejo felicidades,saúde,amores,paz,prosperidade,sucesso.
Desejo filhos,sobrinhos,crianças por toda parte.
Desejo um mundo bom.
Desejo a realização dos seus sonhos.

Desejo pra mim tudo que desejo a você.
E ainda mais.

Desejo pra mim,você e todos aqueles que querem fazer parte do meu sonho.

Seja bem vindo.
E Feliz 2009 pra todos nós.


*Ainda que eu esteja escrevendo no último dia do ano,não prometerei mudanças na minha escrita nesse novo ano que vem.Se acontecer,será natural.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Inacabado

"O violão emudeceu.


Não encontro mais as notas que costumava lhe tocar. Não encontro as lindas palavras que um dia eu declamei pra você em versos musicados. Na verdade, não consigo encontrar nada que me lembre você. Não sei se quero, mas o fato é que o que antes existia, sumiu. Chame de inspiração, chame de vontade, chame de romantismo. Seja o que for, não vem à tona. Não me vem você.


Não sei se lhe ver me faria exaltar todo o sentimento novamente. 'Conduzir o tempo de te amar' não é mais meu direito. 'Prefiro, então, partir a tempo de poder a gente se desvencilhar da gente'. Meu lugar ao seu lado passou. Se tem um novo amor, a condução dessa dança não é mais minha. A voz dessa canção não mais lhe aflige. Deixa o tempo desfazer o que fez.


As cordas não mais soam delicadas. E o desafino chega a me irritar. O desencontro das notas se tornou natural. E talvez essa seja a hora de parar. De admitir que passou.


Agora quero só a sombra do meu violão.


Mas saiba que ele segue encantado ao lado seu.


De alguma forma, nesse imperfeito amor.


Do simples e sempre seu,


Artur Peixoto"

sábado, 13 de dezembro de 2008

Vigília

De fato não são só sentimentais, seja isso o que for. Eles se tornaram muito reais,muito materiais, e eu lhe disse que era perigoso tornar concreto o abstrato. Perigoso demais.


O sentimento toma corpo, e como toda essência que se reveste, largá-lo é algo quase impossível. No mínimo indesejável. Necessário seria uma força quase sobrenatural. Porém, tal força é demais para nós, demasiado humanos. Dizem por aí que a carne é fraca.


Queria eu poder dar-lhe tal força, para tal estado tão corpóreo virar apenas memória. Lembrança. Passado. Queria eu poder ter tal força para me desvencilhar dessa concretude e passar-lhe a segurança que você precisava para o desapego. Este pouco adotado por mim e menos por você.


Desapego fracassado. Quando tudo deveria ter se desapegado da mente, desapegou-se do corpo, apenas. Mente traidora. Fraca. Humana. Mente que controla, que toma conta. E é ela que manda, pra nossa infelicidade.

E enquanto não se encontra saída, vamos construindo nosso relicário. Seja ele só uma caixinha pequena, seja ele o próprio coração. Eu me dou, como parte mais abstrata, e você se dá, parte mais concreta. Por fim nos complementaremos. Versos e corpos.


Até que um belo dia eu lhe escreva dizendo que encontrei uma solução.


E aí então não lhe escrevo mais.



"O que você está fazendo,um relicário imenso desse amor...por que que está fazendo assim?"

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Esboço dos ventos

"Quiçá seja apenas gosto. No máximo, uma habilidade comum a muitos"

Quisera eu ter acreditado em mim ao proclamar tal falácia. Mesmo quando a disse já sabia do seu caráter imaterial. Quis me apegar em uma mentira pensando dizer a verdade que já não a era. Disse mentiras brincando e vivi sua verdade. Ainda tenho feito muito isso.

Uso e abuso de máscaras,verdade da minha ilusão. Grito pra não desfalecer o coração. Declaro. Faço alardes e provoco alaridos. Logo eu, tão serena, tão paciente. Faço, de tudo aquilo que vivo em prosa, poesia.Faço mais. Faço prosa da minha vida poética. Vivo a poesia. E se já notou, minhas poesias se destinam. Se destinam a você. Já desenhei inúmeros quadros de nós e os vivi em versos, reais ou irreais.

Já te declarei amores.Afagos.Arrepios. Já te fiz pra mim. Escrevo o que quero viver e quero viver você. Escrevo-lhe.

Você,quem quer que seja, e onde quer que esteja,sabe quem você é.

Minha prosa e minha poesia.

Completa.