quinta-feira, 30 de junho de 2011

Paixão

Meio sem saber o coração dispara
Se conforta na sua incompreensão
Sem esperar perdem-as as palavras
E o grande amor se espalha pelo chão

Os olhares se notam a todo instante
E os carinhos cada vez mais delicados
Baixinhos, como sussurros dos amantes
Harmônicos, arrepios declarados

Para cada encanto, crescia a saudade
E em cada encontro uma maior vontade
De ter nos braços você, mulher linda

Menina, o que você faz não faz sentido
Vem cá, e faça o que quiser comigo
Porque essa paixão nunca mais se finda.

Artur Peixoto

sexta-feira, 25 de março de 2011

Clube Atlético Mineiro 103 anos.

Nesse 25 de março, data que se tornou muito importante pra mim desde que me entendo por gente, parabenizo o meu clube de coração. Poderia escrever um lindo texto falando do meu amor pelo Galo, mas acreditem se quiser, é o único sujeito pelo qual derramo lágrimas ao escrever. É como se a caneta se recusasse a medir em palavras tamanho amor.

Então deixo aqui um texto de um palmeirense que retrata muito do que é ser atleticano.

Atleticano não é. Atleticano nasce.

Parabéns Galo, senhor das alterosas.



UMA GRANDE PAIXÃO

Mauro Beting

O melhor lance do Atlético não foi num jogo. Foi fora dele. Foi numa derrota. Minto, num empate de um time invicto, o supervice-campeão do BR-77.

Não foi o melhor jogo ou jogada. Mas não teve nada mais atleticano que aquilo: depois da derrota nos pênaltis para o São Paulo, Mineirão e Brasileirão estupefatos pela queda sem derrota de um senhor time de bola, os jogadores baqueados e barreados pela chuva e pela lama se abraçaram no gramado e assim foram ao vestiário.

Foi a primeira vez que vi a cena reverente que virou referência. Ninguém estava fazendo marketing (nem existia a tal palavra). Nenhum jogador estava jogando pra galera. Era fato.
Time e torcida estavam juntos naquele abraço doído e doido.

Como tantas vezes o atleticano esteve junto com o time. Qualquer time. Nada é mais atleticano que aquilo: um time que se comportou como o torcedor. Solidário na dor, irmão no gol. O atleticano é assim: tem a coragem do galo, mas não a crista.
Luta e vibra com raça e amor. Mas não se acha o dono do terreiro.
Sabe que precisa brigar contra quase tudo e contra quase todos. Até contra o vento, na célebre imagem de Roberto Drummond.

Aquela que fala da camisa preta e branca pendurada num varal durante uma tempestade. Para o escritor atleticano, ou, melhor, para o atleticano escritor, o torcedor do Atlético sopraria e torceria contra o vento durante a tormenta. Não é metáfora. É meta de quem muitas vezes fica de fora da festa. Não porque quer. Mas porque não querem.

Posso falar como jornalista há 17 anos e torcedor não-atleticano há 41: não há grande equipe no país mais prejudicada pela arbitragem.
Os exemplos são tantos e estão guardados nos olhos e no fígado.
Não por acaso, o atleticano acaba perdendo alguns jogos e títulos ganhos porque acumulou nas veias as picadas do apito armado.

Algumas vezes, é fato, faltou time. Ou só sobrou raça. Mas não faltou
aquilo que sobra no Mineirão, no Independência, onde o Galo for jogar: torcida. Pode não ser a maior, pode não ser a melhor, pode até se perder e fazer perder por tamanha paixão, cobrando gols do camisa 9 como se todos fossem Reinaldo, pedindo técnica e armação no meio-campo como se todos fossem Cerezo, exigindo segurança e elegância da zaga como se todos fossem Luisinho. Mas não se pode cobrar ninguém por amar incondicionalmente.

O atleticano não exige bola de todo o time. Não cobra inspiração de cada jogador. Quer apenas ver um atleticano transpirando em cada camisa, em cada posição, em cada jogada. Por isso pede para que o time lute. É o mínimo para quem dá o máximo na arquibancada.

A maior vitória atleticana é essa. Mais que o primeiro Brasileirão, em
1971, mais que o vice mais campeão da história do Brasil, em 1977.
Os tantos títulos e troféus contam.

Mas tamanha paixão, essa não se mede.

Essa é desmedida.

Essa é a essência atleticana.

Essa é centenária.

Essa é eterna

quinta-feira, 17 de março de 2011

NOTA

Bom, meus caros...

Postei inúmeras músicas e obviamente não paro de compor. Mas deixarei o blog um pouco de lado.

Quando acumular mais músicas, muito mais, volto a postar aqui.

Um beijo!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Delicado Abril

É...essa música é de apertar o peito. É a minha melhor, na opinião de algumas pessoas, inclusive na minha. Se me perguntassem "Qual sua obra-prima?" não teria dúvidas de responder de prontidão: Delicado Abril. Não é uma música que agradaria a todos os ouvidos, mas não hesito em dizer que agradaria os mais interessantes.

Uma música que tem uma história real por trás - e linda por sinal - de duas pessoas que, se não se amaram, se apaixonaram com a insistência do tempo e do encontro das personalidades muito fortes. Algo fora do comum, inesperado, surpreendente.

Recatada que sou não darei detalhes, porque claramente eu sou protagonista da história. Não conseguiria escrever algo tão delicado se não dissesse respeito à mim. Sempre dominei as coisas que me dizem respeito com maestria, (in)felizmente.

O resumo da obra é: eu escrevo pra mim mesma. O outro alguém me fez esse pedido inusitado antes de partir. Me surpreendi inicialmente, mas nada mais desafiador do que se colocar no lugar do outro.

Ao finalizar a música, parecia que tinha tirado o peso do peito. E ao tocá-la por inteiro pela primeira vez, parecia que tinha colocado o dobro. Fiquei em prantos alguns bons minutos, para depois começar a rir de felicidade por ter saído algo tão lindo daqui de dentro.

Pra mim que sou espírita, não fui eu quem compus isso. Só não sei quem anda por trás de mim sussurrando essas coisas.

Finalmente, a música retrata exatamente o que quisemos. Sim, quisemos. No plural. Porque foram sim, "só sentimentais" o amor, o ardor e o andor.

Mas valeu a pena. Ah, se valeu.



*Aqueles que se interessarem pela música, me peçam que envio por email.



Delicado Abril – Flávia Ellen 15/04/08


Vem pra perto e traz
Seu calor,seu aconchego
Vem disfarçar minha cor.
Tem seu monograma na parede
Que deixei pra quando voltar.
Traga sua metade que ela se entende
Com a minha vontade.

Vai provocar minha insensatez
E lidar com a avidez
Que seus olhos me causaram
Vai me querer pelo avesso
Ao se lembrar do texto
Que meus dedos lhe deixaram
Olha a minha mão
Te toca,nota e vota pra eu ser o seu condão

Sei que são só sentimentais
O seu amor,o meu ardor,o nosso andor
Vê que vão e não voltam sem paz
A flor,o ardil,o azul anil,você e eu.Abril

Vejo então e a cada vez mais
No seu olhar,um brilho,um lar,num cílio o mar
Coração não se cansa jamais
De ser pueril,de ser servil á porta que se abriu

quarta-feira, 2 de março de 2011

Anantara

Anantara, que em sânscrito significa sem fim, foi um nome que não sei onde vi, mas caiu muito bem. Uma música que gosto muito, por ser um dos poucos samba-bossa que tenho. Algo delicioso de cantar pelo próprio tom, de tocar e de ouvir, do dia 25 de abril de 2010.

É uma das músicas da série "Especial".

Enjoy!



Anantara – Flávia Ellen

Já não sei mais com que corpo eu vou te ver
Ser tua paz, aprender viver você
Direito ou do avesso, até esvanecer

Nas suas mãos quero viver seu calor
Eterno gosto meu de lhe declarar amor
Levo seu carinho roubado e por onde eu for

Sinto nosso amor calado
Desde o primeiro abraço que se fez
Deixarei meu verso estampado esperando te ter
Numa próxima vez

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Pretinha



Faltando um mês exato para o seu aniversário, essa música tem o título de acordo com a destinatária. Pretinha é a minha melhor amiga, quem conheço de outras vidas, ainda que nessa só fomos nos encontrar em meados 2008. Ela não é só uma melhor amiga, mas faz papel de mãe e irmã em determinados momentos.

Somos muito parecidas, temos um caráter equivalente, os mesmos valores. Não temos a mesma altura, nem o mesmo peso, nem a mesma cor. Mas temos o mesmo amor uma pela outra.

Se ela fosse homem, sabe que casaríamos e ficaríamos o resto da vida juntas. Porque já temos o principal pra isso. Amizade, companheirismo e lealdade.

Então, pretinha, na próxima vida, trate de vir no sexo oposto ao meu. O coração agradece.

Love u.


PRETINHA – FLÁVIA ELLEN

Existe um lugar meu dentro do seu peito
Não vai se acabar enquanto tiver minha mão
Há de se lembrar dos versos dessa tua canção
Que lhe fiz lhe dando o meu coração

De toda nobreza, amiga, devo lhe falar
Que assim sempre seja, irmã, contigo eu hei de estar
Com toda presteza e amor que sempre hei de ter por você
Cuidar desse meu bem querer

Sei que de toda saudade que eu vier a ter
Não aflige nosso laço forte, fruto de nosso viver

Que nunca se expressará em palavras, e cartas abertas e lindas
Senti seu nobre amor, amor que há muito não tinha
Quando a você passei a chamar de minha preta, minha pretinha.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Chegada

Essa música é uma das mais recentes, do dia 10 de janeiro. Conheci Rô no natal de 2010, vizinha da casa da vó lá em Monlevade. Minha tia nos apresentou dizendo que ela escrevia e eu compunha. Ela me escutou tocando, gostou e me mandou o site onde ficam suas obras.

Estava lendo todas quando cheguei nesse poeminha gostoso de ler. Gostei. Virou música.

Rô adorou, e provavelmente gostará das próximas que fizer com suas crias.


A CHEGADA – Rosângela Maluf e Flávia Ellen


venha, como quem não quer nada
sorria como se fosse fácil nossa estrada

me entrega teu olhar castanho
me envolva em teu abraço sem tamanho

venha, como quem não quer chegar
se renda à tentação de se dar e se doar

cante como se fosse dia
dance como se fosse festa
chegue logo, seja bem-vindo, se instale,

se ponha à vontade
sem temores, sem medo
se aproxima
tenho um segredo...