quarta-feira, 9 de março de 2011

Delicado Abril

É...essa música é de apertar o peito. É a minha melhor, na opinião de algumas pessoas, inclusive na minha. Se me perguntassem "Qual sua obra-prima?" não teria dúvidas de responder de prontidão: Delicado Abril. Não é uma música que agradaria a todos os ouvidos, mas não hesito em dizer que agradaria os mais interessantes.

Uma música que tem uma história real por trás - e linda por sinal - de duas pessoas que, se não se amaram, se apaixonaram com a insistência do tempo e do encontro das personalidades muito fortes. Algo fora do comum, inesperado, surpreendente.

Recatada que sou não darei detalhes, porque claramente eu sou protagonista da história. Não conseguiria escrever algo tão delicado se não dissesse respeito à mim. Sempre dominei as coisas que me dizem respeito com maestria, (in)felizmente.

O resumo da obra é: eu escrevo pra mim mesma. O outro alguém me fez esse pedido inusitado antes de partir. Me surpreendi inicialmente, mas nada mais desafiador do que se colocar no lugar do outro.

Ao finalizar a música, parecia que tinha tirado o peso do peito. E ao tocá-la por inteiro pela primeira vez, parecia que tinha colocado o dobro. Fiquei em prantos alguns bons minutos, para depois começar a rir de felicidade por ter saído algo tão lindo daqui de dentro.

Pra mim que sou espírita, não fui eu quem compus isso. Só não sei quem anda por trás de mim sussurrando essas coisas.

Finalmente, a música retrata exatamente o que quisemos. Sim, quisemos. No plural. Porque foram sim, "só sentimentais" o amor, o ardor e o andor.

Mas valeu a pena. Ah, se valeu.



*Aqueles que se interessarem pela música, me peçam que envio por email.



Delicado Abril – Flávia Ellen 15/04/08


Vem pra perto e traz
Seu calor,seu aconchego
Vem disfarçar minha cor.
Tem seu monograma na parede
Que deixei pra quando voltar.
Traga sua metade que ela se entende
Com a minha vontade.

Vai provocar minha insensatez
E lidar com a avidez
Que seus olhos me causaram
Vai me querer pelo avesso
Ao se lembrar do texto
Que meus dedos lhe deixaram
Olha a minha mão
Te toca,nota e vota pra eu ser o seu condão

Sei que são só sentimentais
O seu amor,o meu ardor,o nosso andor
Vê que vão e não voltam sem paz
A flor,o ardil,o azul anil,você e eu.Abril

Vejo então e a cada vez mais
No seu olhar,um brilho,um lar,num cílio o mar
Coração não se cansa jamais
De ser pueril,de ser servil á porta que se abriu

4 comentários:

Leleka disse...

Além da melodia suave, o enredo dessa música é maravilhoso! Amo!

thiara disse...

amiga! maravilhosa poesia! q frágil, q forte...! amei!
mts sentidos, mts sentimentos, fico impressionada c sua habilidade!
parabéns!
bjbjus

Izabela Linke disse...

"Quem pagará o enterro e as flores, se eu me morrer de amores?"

E que prazer poder apreciar essa delicadeza que sai de você.
Linda música!

Anônimo disse...

Sua obra prima !!! Amo muito essa música !!! Erler