domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sobre Armadilhas, Vitrines e Coleção

Essa com certeza será uma música de trabalho já para um primeiro e possível futuro disco. Com um violão e melodia que remetem ao estilo clássico, fiz essa música querendo como nunca saber tocar violino, violoncelo. Sempre que a toco ou a ouço penso nos instrumentos de corda clássicos, o que toda noite me remete a pensar que em um belo dia gravarei um DVD com uma orquestra.

É talvez a única música que tenho que meu irmão gosta. Sempre soube que o que eu componho não é bem o estilo que ele curte, apesar de seu constante apoio.

Uma música de versos longos, pra dar exatamente a idéia da perda de ar (isso é segredo). E uma última consideração: algumas pessoas já me chamaram a atenção para a palavra lá do final: "respeitável". Não gostam muito dela. Talvez eu a mude um dia, só preciso achar algo melhor.



Sobre Armadilhas, Vitrines e Coleção - Flávia Ellen

Aqui fora a água cai do céu e no relento
Te olho aí dentro, seu nome invento
Entre uma tela de trapos aparece seu corpo
Pousado entre as asas de um anjo torto

Não peço, implico para que desças daí de dentro
E faças desse pequeno instante um grande momento

No meu inventário coloquei seu nome, mas não sei nada do destino
Espero encontrar em ti amor de homem, sorriso de menino
Não troco o meu viver pra colecionar lembranças em vão
E não quero você como mais um na vitrine da minha coleção


Como um ser sem vida que não ama, mas coleciona paixões
Você se estampa e invoca curiosas sensações
Estou numa armadilha com uma coleção de medos
E num choro sem lágrimas, silencioso, desvendo seus segredos

Não peço, implico para que desças daí de dentro
E faças desse pequeno instante um grande momento

No meu inventário coloquei seu nome, mas não sei nada do destino
Espero encontrar em ti amor de homem, sorriso de menino
Ainda há muito a aprender sobre armadilhas, vitrines e coleção
E muito a descobrir sobre seu respeitável poder de sedução

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