quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Carnaval

Cá estou eu amando-te!

Logo a ti, tão volúvel e sedutora. Ainda que as borboletas não te acompanhem, ainda que não queiras nada com meu nome que poderia ser seu.

Sei que não me vês em teu espelho e que minha ingenuidade não te atrai. Sei que minhas cartas de amor nunca chegarão até ti, amada. Tão triste ver-te partir nos braços de um trovador sem saber se um dia voltarás para os meus, que sempre te esperarão em silêncio.

Meu amor é apenas um sutil sonho. Não é lascivo, não quer te transformar em incerteza, não quer seu olhar abstrato. Quero seus olhos presos aos meus como verdadeiros amantes. Não mais quero esse meu rosto pálido que só sabe o que é tristeza e lágrima.

Não sei o que tanto esperas, Colombina. Mas peço que não demores a trazer meu riso.

"Estou no lugar de sempre, entre as flores e o trigal.

Sei que queres que passe o Carnaval.

Saibas que pode a rosa em minha mão morrer,

que outra logo te espera, não demora a nascer."

Um comentário:

Anônimo disse...

"Cá estou eu amando-te!"
conheeeeeeço...
belo texto. cada dia melhor...