quarta-feira, 23 de julho de 2008

As duas


Aos meus olhos,três dedos as separavam.Era início de noite e só elas ocupavam o imenso negro azul.Era também um início da completude.

Elas brilhavam juntas como se nunca tivessem brilhado antes.Talvez elas sonhassem em um dia se tocarem,mas era um pouco inesperado.

Eu simplesmente estava obcecada com elas.Meus olhos as procuravam,não importava o movimento que me ocorria.Ás vezes sem graça de tanta obsessão,desviava o olhar pra outros seres brilhantes.Via o sorriso do menino pra menina,via o riso aberto de um palhaço no meio do jogo de luzes.Via a roda gigante.E as via novamente,sem querer querendo.

Uma branquinha,a outra amarela.Uma pequenina,a outra enorme.

Conforme as horas passavam,e os meus passos andavam,tornavam-se mais parecidas.E quando menos esperava,um desnível.Exatamente aquela que tinha brilho
próprio acabou por sumir em meio a tantas luzes que a ofuscava.Procurava-a sem sucesso.Não percebia o mais simples.

A estrela pequenina e branquinha havia tocado a Lua grande e amarela.Subiram pro lugar mais alto.Mais bonito.Eu adoro rodas-gigantes.E agora era apenas a Lua branquinha.

Um comentário:

Anônimo disse...

que presente juntar em uma narrativa, assim de circo que troxe um riso a mais no meu rosto, a lua e roda gigantes duas das coisas que mais amo.
vc está de volta e eu tbm...quando nos vemos?