segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Pessoal

Discernimento não lhe faltava. Pensar havia se tornado um hobby, uma preocupação, um aborrecimento e uma necessidade. Pensar era tudo quando não devia ser nada. Gastou.


As noites caíam como dia naqueles olhos que não se fechavam. Lua e Sol não faziam diferença, e pareciam metades de um todo sem sentido. Ela se alegrava, se fechava, se irritava. A cama poderia ser algo que não o palco de sua solidão. Era só uma questão de preferência, mas parece que ela não se importava com outros anseios. Estagnou.


Quando o corpo anunciava os efeitos de sua incessante ação, percebeu que havia possibilidades para tudo cogitado. Soluções vindas de todos os possíveis cantos de sua existência – cabeça e coração obviamente opostos – poderiam ocupá-la por tantas outras noites quanto quisesse. Parou.


Queria mais folia no seu quarto. E só. Adormeceu.

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