segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Cor

O vermelho dos costumeiros e desconcertantes elogios eu não quero mais.Estou em um momento de não querer.De não querer você.De tentar me convencer que não quero.De saber que quero e muito.De querer não poder.E posso.

Quero a distância do tamanho de qualquer imenso azul que você possa imaginar.Não por capricho,não por querer.Preciso.Preciso desligar qualquer sentido meu em você,qualquer coisa que me faz sentir o que você sente,qualquer coisa que me faz saber que a nossa incompreensão é o único sentido em nós.

Saber do amor branco que me devota me deixa assustadoramente bem.E é por isso que meu desejo de apagar todas as luzes e deixar tudo intacto é imenso.Deixe que o negro ocupe-se de tudo.Do passado,do presente,e do futuro que não está por vir.Deixe a luz de todos os lugares de onde lhe amei apagada.Negue o fogo que eu o negarei.Deixe o escuro da noite reinar.

Abstraia qualquer um desses lampejos.Até mesmo nenhum.Sobre seu poder tomo a liberdade de ser livre de você em mim,de pedir-lhe para me deixar ser.Você me ensinou a leveza.

Prometo me desvencilhar rápida e delicadamente,sem vestígio.
Pelo pouco tempo que consigo.
Me deixa esquecer o mais bonito dos verdes.
Me deixa fechar seus olhos pra mim.

"Pois tudo o que se sabe do amor é que ele gosta muito de mudar..."


"Perdoa, meu amor, perdoa
Perdoa se me tens amor..."

Um comentário:

Anônimo disse...

"E num instante à frente
Veremos um mundo diferente
Desse que também passará
Quando outro segundo chegar
Restará o tempo preso numa foto da gente.."

Alguma coisa sempre fica...
(L)