terça-feira, 12 de agosto de 2008

(...)

Ainda é cedo amor...
Minha voluptuosidade não se apresenta carente à sua frente e você se apresenta a mim com uma voracidade quase instintiva. Seus olhos fremem ao encontrar os meus, descrevendo sua agradável comoção. Dois e muitos outros toques vivazes e as minhas mãos presas.

Ainda é cedo amor...
Não declamei os versos mais bonitos, não lhe disse verdades brincando com minhas mentiras, não lhe fiz os refrões mais expressivos, ainda não lhe cantei. Minha voz sempre sutil aos seus ouvidos não alcançou o primor que você merece.

Ainda é cedo amor...
O cenário se repete esperando que a rotina mude, e as paredes mudas anseiam em proclamar seus suspiros, sua respiração, seu silêncio cansado. Os espelhos não apresentaram você na sua forma mais bela. O íntimo gosto ainda é desgosto.

Ainda é cedo amor...
Pra você ficar.
Pra você partir.

3 comentários:

Anônimo disse...

"Ainda é cedo amor,mal começastes a conhecer a vida..."
(L)

Anônimo disse...

exatamente mal começaste a conhcer a vida. A gente custa pra ver...aliás me conte quem já conseguiu conhecer a vida, ela surpreende e bate e levanta e a gente entra no jogo ou dança.

Mas quanto à noite querida...vc é quem me sabe ne?

sblogonoff café disse...

Ei!
Vago por aí!
Entrei através do blog da xanda.
*****
Ainda é cedo...
Qual será exatamente o tempo exato para tudo continuar, para tudo ruir?!
Eu só sei, que o amor dos inícios e a melhor parte do amor que se pode ter, antes da rotina, antes que as paredes fiquem desbotadas.
Desabotoar, só os botões, para descobrir ainda em tempo que é tarde demais para retroceder!