quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Amuleto

Em plena noite alta, ouvia-se o silêncio soando como ritmo da brisa, que tocava delicadamente o rosto dela. Uma lúcida postura,uma lúdica doçura se esbanjava nos seus olhos,um riso sem medo estampado na face.Um estúpido misticismo tentava assolar aquele sereno semblante,aquela vaidade nua,mas ela permanecia intacta,seduzida.

As pernas soltas no ar balançavam ao tempo da quebra das ondas.Tudo no mais arfante compasso.Um arranjo de fatos que tornava único o momento.Mais uma vez ela se encontrava absorvida pelo seu envolvente arabesco de ser sensível.De ser mulher.De ser ela.

A conivência se lhe apresentava como ordem natural dos atos.Ela era cúmplice de sua cumplicidade.A previsível quebra de silêncio por fim se dera.

Um suspiro ao encontrar a estrela que um dia há de ser dele trouxe à tona o alarido de suas borboletas.Ela poderia sentir tudo com elas,e seus pés fora do chão.

Mas ela sentia apenas saudade.

=o)

2 comentários:

sblogonoff café disse...

Um suspiro ao encontrar a estrela que um dia há de ser dele trouxe à tona o alarido de suas borboletas. Ela poderia sentir tudo com elas,e seus pés fora do chão.

Mas ela sentia apenas saudade.

Eu quero encontrar uma estrela de novo. A minha caiu no mar e se apagou! (parafraseando o Teatro Mágico!)

Flávia Ellen disse...

Se souber nadar,faça-me o favor...rs