Já era tarde. O relógio marcava pouco mais de duas horas. O dia era quente, e a noite seria fria - o outono nunca falha. Sabia que sua presença tiraria todo o meu cansaço e eventual monotonia que pudesse estar sentindo. Sabia que esquecer tudo era questão de tempo, e que a calma me viria paulatinamente. Sabia de tudo isso, menos do que estava por vir.
Esperei um tempo pela predominância de um diálogo que não veio. Esperei pelas suas palvras e encontrei seu silêncio. Já não podia esperar mais. E me conformei.
Passei a sentir conforto no seu silêncio. Passe a admirar cada linha do seu rosto, cada traço dos seus lábios e o diferente brilho dos olhos seus. Te reaprava em minúcias durante longos segundos. Te tocava pra sentir o que meus olhos abstraíam, e como tudo seu, era suave. Perdi o fôlego.
Até o momento, tudo nos conformes postos por você. Mas sem que eu percebesse, meus olhos alternavam entre os seus e sua boca, incessantemente. E por permanecerem assim sem que os tivesse sob controle, me vinha milhares de reações igualmente incontroláveis. Até que todas elas se uniram pra falar.
Num suspiro; em várias lágrimas.
Do meu amor por você.
domingo, 31 de maio de 2009
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Um comentário:
Depois do meio o final some...
Como o horizonte.
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