quinta-feira, 9 de abril de 2009

Roda de Samba

A.b.surdo.

A frequência com que elas acontecem não me impedem de me perguntar com que roupa eu vou. Acontece que a roupa não me é interessante, e a única coisa que importa é que o Sol nascerá. Então meu caro amigo,corra e olha o céu e veja com o peito vazio o x do problema.Onde está a honestidade no pranto de poeta?

O orvalho vem caindo para atender a pedido, mas pela décima e primeira vez eu prefiro a alvorada. Fita os meus olhos e perceba que o inverno do meu tempo não passa de conversas de botequim e cordas de aço.Nâo importa se sou um pierrot ou um gago apaixonado,uma julieta,uma pastorinha,uma cabrocha do Zé,uma dama do cabaré,um louco ou um rapaz folgado. Quem não quer sou eu.Não quero ser um João Ninguém.Pra que mentir?

Acontece que as rosas não falam e não responderão nada.Então conforme-se e atenda o meu último desejo. Preciso me encontrar,preciso encontrar em qualquer sala de recepção o feitiço da vila.O meu feitiço.Aquele que chegue e não fale "Espere mais um ano", "Adeus" ou "Boa Viagem", mas alguém que fale "Minha" e que ao final de tudo me induza a dizer sem erro "Tive sim".

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