terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Pré-texto

Já era noite. Falsas noites tenho tido.

Ontem eu não lhe escrevi, mas o escuro de hoje me saúda e me convida a fazer-lhe versos a serem ditos.

Ainda que não lhe soe bem, agora não sinto sua falta. Sinto-lhe muito perto para sentir saudade. Chego até a sentir seu cheiro nesse mundo hermético em que me encontro. Sinto você como brisa.

A Lua é linda lá fora, as luzes baixas e cheias. O frio calmo que me tem surge de uma verde infinitude ao redor. Não me faltam meios de inspiração, mas desse cheiro eu já provei, não me apetece. Não quero.

Gostaria-me de ter a Lua apontada pelos seus dedos, as velas do seu romantismo. O frio se for sua causa, prefiro seu calor.

Você sempre me inspirou.

Agora ouça-me bem:

Tenho versos a lhe escrever.

A.P.

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