segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dois

Hummmmmmmmmmmmmmmmmm, esse é um dos meus xodós. Um blues que ainda tem que ser desenvolvido em seu arranjo, mas reconheço minhas limitações. Esse é um trabalho para Clayton Neri, amigo de data e violonista de confiança, meu braço direito na música. Um blues com a minha cara, nem tão sutil quanto gostaria, mas completamente verdadeiro.

É também uma música da série "Especiais". Compositor tem sempre seus motivos. Do dia 18 de janeiro de 2010. Algo fresco. Espero que gostem e consigam imaginar a sensualidade que o blues pode trazer.


Dois - Flávia Ellen

Sei que você sabe que meu quarto quer você
Inteiro, de verdade, sem roupa e à mercê
De todo amor que eu puder lhe dar
Fantasiar, lhe aproveitar

Com sua voz grave é difícil me conter
Tão doce, tão suave, que me fez lhe conhecer
Sem o menor pudor
Com seu ardor eu fiquei louca de tanto calor

Nem me fale do arrepio
Ao ver seu corpo com tanta paixão em um dia frio

Vem, me ensina os seus passos
Me pegue, me gire, suspire, ocupe meu espaço.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nego

Continuando com os sambas, esse foi feito no dia dos namorados de 2009. Escrevi numa sentada só e adorei. Bem samba mesmo!

Não é pra menos que meu samba se distrai logo ao te ver
Passando cheio de graça, e ainda disfarça não entender
Que fico louca quando sorri, e me leva a proferir, confessar
Que moreno mais lindo não há

Por você diminuo meu rebolado
Pr´outro nego eu mal olho se assim você quiser
Pra tanto me ame bem forte, e que não nos separe a morte
De uma roda em pleno quintal
Não deixo meu samba de lado, me leve a um renomado
Que o último que não o fez se deu mal

Passe lá na vila, vou pra gafieira com você
Mostrar minha mocidade, fazer você querer
Armar comigo um barraco, colocar cartas na mesa
Ser feliz e dar nó nas cadeiras

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Quase Sem Vergonha

Ah, esse samba é uma delícia. Pela letra dele.

A história é bem interessante: meu amigo e parceiro carioca, Erler, veio à BH para que nos conhecêssemos, porque fizemos uma música juntos nos falando apenas pela internet ("Lunático") e combinamos que nos veríamos assim que pudéssemos. Aconteceu que o carioca veio, nos encontramos no Parque Municipal com dois violões e começamos a conversar. Pouco antes de irmos embora, ele me mostrou os três primeiros versos de um samba que uma amiga dele tinha escrito (uma história interessantíssima também que prefiro preservar sua intimidade), e me disse pra fazer deles o que quisesse.

Peguei e alguns dias depois estava pronta a dita cuja, que escrevo aqui pra vocês. Meu samba favorito por dizer muito de mim. Sim, não tenho muita vergonha, mas sou sutil. Por isso o "quase". E também porque o meu pai lê as minhas letras. Hehehe.

Música do dia 28 de fevereiro de 2008.



Quase Sem Vergonha - Flávia Ellen e Erler

Quando eu negar,disser besteira,tentar não dar bandeira pra você não notar
Então vai lá,me diz por que usar esse perfume só pra me provocar
Não vai querer se eu me entregar,desvio então olhares pra você não se achar
Não vai saber se eu não falar que todo dia em você penso,já não dá pra negar

Ah mas se você me olha dizendo que rola e me dá bola,
Pego a viola e canto um samba só pra te cantar
E te pego de jeito, ao pé do ouvido,com todo respeito
E delicadeza, digo com certeza, você vai gostar

Me vê de banda e faz um charme, realça a vaidade pra atrair meu olhar
Não perde a pose,nem sai da linha,me disse o que não tinha só pr´eu te agradar
Fica atiçando e me esnobando, a culpa é sua por aumentar meu querer
E se não der pra me segurar,juro me comportar, sei que vai me entender

Ah mas se você me olha dizendo que rola e me dá bola,
Pego a viola e canto um samba só pra te cantar
E te pego de jeito, ao pé do ouvido,com todo respeito
E delicadeza, digo com certeza, você vai gostar

E se entregar no meu abraço,meu colo,cansaço
E juras até faço se a mim quiser se juntar
E já que gostou desse nosso caso,de ontem em diante
Te faço um instante.Ixi,só não te levo pro altar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Outono

Essa música é outra da série "Especial". A única de todas as minhas músicas que ainda não sei se chamará isso mesmo. Ela leva o nome da época que foi composta (outono de 2009) pelo simples fato de não achar uma palavra que a defina bem. Um violão feito com toda a influência de John Mayer que poderia ter, mas sem perder a levada própria das minhas músicas. Uma música gostosa de cantar e tocar.

Quem quiser sugerir nomes para ela, estou MUITO aberta à ouvir.


OUTONO - Flávia Ellen

Outra vez espero o tempo que dura um tempo bom
Sempre no mesmo lugar
Pra dizer que a minha voz emudeceu
Logo ao te ver chegar

Sem saber teus lábios encontrarão os meus
Por todo o tempo que durar
A escrever descrevo este lugar todo teu
Sabendo que irás guardar

Nos versos um legado que se deu
Ao desvendar os seus segredos
Um vício sem descanso desses olhos teus
A brilhar enquanto percebe nosso eterno caminhar

Mais que um encanto guardado
Acolhe em teu peito, retrato de um amor a se viver
Impeço teu cansaço
Nos meus braços quero te ter até o último dia amanhecer

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Insensatez

Adoro. Uma das minhas preferidas. Melodia deliciosa, extremamente sensível, assim como a letra. Um primor de letra, uma mistura de Flávia e Rafael. É, não fiz sozinha. Não poderia compor o último terceto.

Em nossos encontros, Rafa sempre me mostrava alguma poesia, normalmente sonetos. Nos encontramos várias vezes durante alguns meses e depois desencontramos outros vários.

Um belo dia, estava lendo poesia em casa quando vi, num livro de Florbela Espanca que ganhei de presente dele, dois sonetos guardados. Um deles terminava com esse terceto final da música. Não tive dúvidas que era algo musical.

Entrei em contato com ele e ele de pronto autorizou o uso. Deu no que deu. Fiz a música de trás pra frente. Como se começasse nos olhos verdes que ele tem e acabasse nos meus castanhos. E por isso, uma da série "Especial".

Outra curiosidade, acabei a música no dia do aniversário da minha melhor amiga, Pretinha, dia 28 de março (2009).



Insensatez - Flávia Ellen e Guimarães Silva (como foi registrado, mas reitero que prefiro Rafael Guimarães)


Se achega e encontra em mim o teu alento
dentro do meu peito que há de fazer você ficar
Escreva-me qualquer sentido em teu corpo
no fascínio do teu rosto,nosso sobre-amor a desejar

Teus segredos trocando olhares com os meus
No meu sossego dormente, motivo evanescente
que se desfez na minha insensatez

Encontra em mim tua paixão tardia
Que em vida não lhe concedeu, o tempo
Mas que lhe concede agora a poesia

sábado, 1 de janeiro de 2011

Nego

Um samba feito em pleno dia dos namorados de 2009. Sem o romantismo da data, mas uma idéia do que eu sou quando o assunto é samba. Sem muito da vergonha que me tem. Espero que gostem, na mesma linha de Quase Sem Vergonha e de outros sambas que ainda postarei aqui.

Nego – Flávia Ellen

Não é pra menos que meu samba se distrai logo ao te ver
Passando cheio de graça, e ainda disfarça não entender
Que fico louca quando sorri, e me leva a proferir, confessar
Que moreno mais lindo não há

Por você diminuo meu rebolado
Pr´outro nego eu mal olho se assim você quiser
Pra tanto me ame bem forte, e que não nos separe a morte
De uma roda em pleno quintal
Não deixo meu samba de lado, me leve a um renomado
Que o último que não o fez se deu mal

Passe lá na vila, vou pra gafieira com você
Mostrar minha mocidade, fazer você querer
Armar comigo um barraco, colocar cartas na mesa
Ser feliz e dar nó nas cadeiras