sábado, 22 de maio de 2010

Rouge

Me recordei quando tinha 5 anos. Naquele tempo, me constrangia com facilidade devido ä minha timidez inocente e às minhas inúmeras travessuras, muitas vezes elogiadas. Certa ou não, meu rosto se enrubrescia e se escondia a cada situação adversa à normalidade.

15 anos depois e me encontro do mesmo jeito. Uma mulher que ainda esconde o rosto vermelho após as travessuras, rosto virado e sorriso sem graça. Chega a ser charmoso, já me disseram isso inúmeras vezes. Mas é só o retrato de quem não tem vergonha de muita coisa. Sem vergonha de amar.

E agora, frente a esse amor sinto toda a infância minha. Escondo o rosto, logo encontrado por ti, com um sorriso travesso. Deixo a mostra somente o corpo arrepiado que gradativamente se tomava por um interno e intenso vermelho.

Que porventura passei a chamar, carinhosamente, de paixão.