segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"Felicidade Clandestina"

É completamente ilegal, eu sei. Perdão por não ter compreendido antes. Agora sim.

Ah, meu amor. Nós somos humanos demais, é bem verdade. Somos o que nunca admitimos ser. Somos puro fogo. Movidos pelo nosso único instinto. Ser feliz.

Perdoe minhas mãos e meu afeto por terem feito crescer toda a vontade sua.

Perdão por ter alimentado sempre o que não deveria.

Mas ocorre que, ainda que ninguém tenha me contado, tudo chegou até mim. De uma forma que não queria, é verdade, mas meu amor agora é tímido. Descobriu que deve permanecer escondido para não ser pego.

Aconteceu. Agora é minha vez de sentir algo que não poderá ser meu. Perdão por não ter tido sensibilidade suficiente para perceber a sua, mas minha felicidade se encontra da sua forma no momento.

A fogo baixo.

Contra vontade.

Artur Peixoto